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sexta-feira, 16 de janeiro de 2015

Saravá Ogum








Saravá a todos, como 2015 é o ano de Ogum, compartilho algumas informações com os irmãos de fé.

 Primeiro precisamos entender que quando falamos dos Oguns que baixam nos terreiros de Umbanda rodando suas espadas no ar, não são o próprio Orixá Ogum, pois o Orixá não baixa na Umbanda, muito menos são Caboclos de Ogum, os caboclos de Ogum são índios que fazem cruzamento com este Orixá. 

O Povo de Ogum que baixa nos terreiros são espíritos de homens que foram ligados ao militarismo de alguma forma, estes espíritos por afinidades astrológicas e energéticas trabalham nessa linha são Guerreiros Romanos, Gregos, Espartanos, Mouros, Gauleses, Bárbaros,Hititas, Egípcios, Malês, Sarracenos, Templários, Britânicos, Chefes Indígenas, Bedúinos,Persas, Macedônios, Chineses, Samurais, Babilônicos, enfim vários países e territórios. 


Ogum Matinata: Veste Vermelho apenas, é a linha mais pura de Ogum, sando chamado por Ogum Guerreiro.

Ogum Beira-Mar: Veste Vermelho e Azul Claro, ligado as praias de Iemanjá, conhecido como o Sentinela de Maria. 

Ogum de Lei (Ogum Delê): Ligado a Xangô usa Vermelho e dourado, cor de sua armadura trás uma balança nas mãos ligado a execução da justiça. 

Ogum Yara: Ligado a Ibeji e Oxum, usa vermelho e Azul escuro trabalha nas nascentes dos rios. 

Ogum Malê ou Malei: Ogum ligado a Oxalá,patrono das entidades do Oriente e de Cura, cuida de todos espíritos dos médicos astrais, usa Vermelho e Branco, não usa capacete. 

Ogum Megê: Serventia de Obaluaê, regula os Exus, trabalha muitas vezes dentro da Calunguinha, veste Preto, Vermelho e Amarelo, usa bandeira e lança como arma,alguns usam espadas, sempre representado montado num cavalo branco. 

Ogum Rompe-Mato: Ligado a Oxóssi, cuida das entradas das matas e florestas, usa Verde escuro e Vermelho, uma espada de São Jorge na mão, alguns usam fitas na cabeça. 

Ogum Sete-Espadas: Ligado a energia pura de Ogum, vibra com Ogum Matinata, usa uma espada na mão e outras seis cruzadas na capa, Usa vermelho e prata. 

Ogum Sete-Ondas: Vibra com Ogum Beira-Mar, trabalha nas ondas do mar,ligado a Iemanjá usa Azul Royal e Vermelho, se veste com capacete de conchas. 

Ogum das Pedreiras: Guarda as pedreiras de Xangô de armadura dourada e penas marrons, vibra com Ogum de Lei quase não se desloca grande executor não aceita ordens. 

Ogum Caiçara: Vibra com Ogum Yara, usa Vermelho e Azul bebê, se desloca pelo templo cuida do fundo da foz dos Rios. 

Ogum do Oriente: Vibra com Ogum Malê, com ligações árabes traz um turbante, vibra com as cores vermelho, branco e dourado. 

Ogum de Ronda: Trabalha com Ogum Megê trabalha nas entradas da Calunguinha, corre sua ronda a Meia-Noite.Usa Preto, Vermelho e Verde. Trás cruz de Malta no peito. 

Ogum das Matas: Usa Verde e Branco são espíritos Indígenas, usam espadas e bradam muito. 

Ogum Sete-Lanças: Ligado a Ogum Matinata e Sete-Espadas usa vermelho apenas, roda cruzando o terreiro. 

Ogum Sete-Mares: Ligado a Ogum Beira-Mar e Ogum Sete-Ondas, cuida dos Mares usa azul bem escuro e vermelho. 

Ogum de Ouro: Trabalha com Ogum de Lei e Ogum das Pedreiras, Usa Vermelho e Amarelo. Vibra com Iansã. 

Ogum Menino: Vem com Ogum Yara e Ogum Caiçara trabalha nos lajeados e barrado de corais. Usa Vermelho e Azul. 

Ogum da Lua: vibra com Ogum Malê e Ogum do Oriente, trabalha nas vibrações lunares, nos campos abertos do Humaitá. Usa Vermelho e branco. 

Ogum Xoroquê: Trabalha com Ogum Megê e Ogum de Ronda vibra muito com Exu, ligado a obaluaê tbm, é o Ogum mais negativo. Usa Preto, Vermelho e Branco. 

Ogum dos Rios: Trabalha com Ogum Rompe-Mato e Ogum das Matas usa verde água e vermelho apesar do nome trabalha nas Pontes. 

Além desses ainda existem outros Oguns: Ogum Naruê (Trabalha na calunguinha), Ogum da Estrada (Trabalha na estrada), Ogum Rompe Folha (Trabalha na Mata), Ogum Bandeira (Trabalha no Humaitá), Ogum Gererê (Ligado a Xangô).






sexta-feira, 9 de janeiro de 2015

Pretos Velhos






Pretos velhos ou Pretos-velhos são entidades de umbanda, espíritos que se apresentam em corpo fluídico de velhos africanos que viveram nas senzalas, majoritariamente como escravos que morreram no tronco ou de velhice, e que adoram contar as histórias do tempo do cativeiro. São divindades purificadas de antigos escravos africanos. Sábios, ternos e pacientes, dão o amor, a fé e a esperança aos "seus filhos".


O preto velho, na umbanda, está associado aos ancestrais africanos, assim como o caboclo está associado aos índios e o baiano aos imigrantes nordestinos.


São entidades que tiveram, pela sua idade avançada, o poder e o segredo de viver longamente através da sua sabedoria, apesar da rudeza do cativeiro demonstram fé para suportar as amarguras da vida, consequentemente são espíritos guias de elevada sabedoria geralmente ligados à Confraria da Estrela Azulada dentro da Doutrina Umbandista do Tríplice Caminho (AUMBANDHAM - alegria e pureza + fortaleza e atividade + sabedoria e humildade), trazendo esperança e quietude aos anseios da consulência que os procuram para amenizar suas dores, ligados a vibração de Omolu, são mandingueiros poderosos, com seu olhar prescrutador sentado em seu banquinho, fumando seu cachimbo, benzendo com seu ramo de arruda, rezando com seu terço e aspergindo sua água fluidificada, demandam contra o baixo astral e suas baforadas são para limpeza e harmonização das vibrações de seus médiuns e de consulentes. Muitas vezes se utilizam de outros benzimentos, como os utilizados pelo Pai José de Angola, que se utiliza de um preparado de "guiné" (pedaços de caule em infusão com cachaça) que coloca nas mãos dos consulentes e solicita que os mesmos passem na testa e nuca, enquanto fazem os seus pedidos mentalmente; utiliza-se também de vinho moscatel, com o que constantemente brinda com seus "filhos" em nome da vitória que está por vir.


São os mestres da sabedoria e da humildade. Através de suas várias experiências, em inúmeras vidas, entenderam que somente o amor constrói e une a todos, que a matéria nos permite existir e vivenciar fatos e sensações, mas que a mesma não existe por si só, nós é que a criamos para estas experiências, e que a realidade é o espírito. Com humildade, apesar de imensa sabedoria, nos auxiliam nesta busca, com conselhos e vibrações de amor incondicional. Também são mestres dos elementos da natureza, a qual utilizam em seus benzimentos.


Os Pretos Velhos: Os espíritos da humildade, sabedoria e paciência.


Os Pretos Velhos são entidades cultuadas pelas religiões afro-brasileiras, em especial a umbanda. Nos trabalhos espirituais desta religião, os médiuns incorporam entidades que possuem níveis de evolução e arquétipos próprios. Estas se dividem em três níveis:

As Crianças – chamadas beijada, são espíritos ditos mortos quando ainda criança que representam a pureza, a inocência, daí sua característica infantil.

Os Caboclos – onde se incluem os Boiadeiros, Caboclos e Caboclas, representam a força, a coragem, portanto apresentam a forma do adulto, do herói, do guerreiro, do índio ou soldado.

Os Pretos Velhos – incluem os Tios e Tias, Pais e Mães, Avôs e Avós todos com a forma do idoso, do senhor de idade, do escravo. Sua forma idosa representa a sabedoria, o conhecimento, a fé. A sua característica de ex-escravo passa a simplicidade, a humildade, a benevolência e a crença no “poder maior”, no Divino.


A grande maioria dos terreiros de Umbanda, assim também suas entidades possuem a fé Cristã, ou seja, acreditam e cultuam Oxalá (no sincretismo com o catolicismo Jesus). Entidades aqui tomada no sentido de espíritos que auxiliam aos encarnados, o mesmo que guia de luz.


A característica desta linha seria o conselho, a orientação aos consulentes devido a elevação espiritual de tais entidades, são como psicólogos, receitam auxílios, remédios e tratamentos caseiros para os males do corpo e da alma.


Os Pretos velhos seriam as entidades mais conhecidas nacionalmente, mesmo por leigos que só ouviram falar destas religiões afro-brasileiras. O Preto velho é lembrado também pelo instrumento que normalmente utiliza, o cachimbo.


Os nomes de alguns Pretos Velhos comuns de que se tem notícia são Pai João, Pai Joaquim de Angola, Pai José de Angola, Pai Francisco, Vovó Maria Conga, Vovó Catarina. Pai Jacó , Pai Benedito, Pai Anastácio, Pai Jorge, Pai Luís, Mãe Maria, Mãe Cambina, Mãe Sete Serras, Mãe Cristina, Mãe Mariana, Maria Conga, Vovó Rita, Vovó Joana dentre outros.


Na Umbanda os Pretos velhos são homenageados no dia 13 de maio, data que foi assinada a Lei Áurea.


Os pontos servem para saudar a presença das entidades, firmar sua força durante os trabalhos espirituais e envolver a todos presentes, mas principalmente aos médius de incorporação, como uma harmonia a ajudá-los a se desligarem para que esta ocorra.


Pontos de preto velho:


Saudação dos Pretos Velhos quando iniciada uma gira


Bate tambor lá na Angola, bate tambor

Bate tambor

lá na Angola, bate tambor...

Bate tambor, Pai Joaquim*...

Bate tambor, Maria Conga*...

Bate tambor, Pai Mané*...


(* coloca-se o nome dos pretos velhos da casa)


Eu andava perambulando,

sem ter nada pra comer

Fui pedir as Santas Almas

Para vir me socorrer

Foi as Almas que me ajudou

Foi as almas que me ajudou

Meu Divino Espírito Santo

Glória Deus, Nosso Senhor

Nessa casa

tem quatro cantos

Cada canto tem um santo

Pai e filho, Espírito Santo

Nessa casa tem 4 cantos...




Quem vem, que vem lá de tão longe?

São os pretos velhos que vem trabalhar

Quem vem, que vem lá de tão longe?

São os pretos velhos que vem trabalhar

Ô da-me forças pelo amor de Deus, meu pai

Ô da-me forças pros trabalhos teus




Zum zum zum

Olha só Jesus quem é

Eu rezo para santas almas

Inimigo cai

Eu fico de pé




O preto por ser preto

Não merece ingratidão

O preto fica branco

Na outra encarnação

No tempo da escravidão

Como o senhor me batia

Eu chamava por Nossa Senhora, Meu Deus!

Como as pancadas doíam




Tira o cipó do caminho,

oi criança

Deixa a vovó atravessar

Tira o cipó do caminho,

oi criança

Deixa a vovó atravessar


A bença Vovô

Quando precisar lhe chamo

A bença Vovô

Quando precisar lhe chamo

Zambi lhe trouxe, Zambi vai lhe levar

Agradeço a toalha de renda de chita de pai Oxalá




Vovô já vai, já vai pra Aruanda...

A benção meu pai, proteção pra nossa banda


Pontos de Pretos Velhos:


Negro está molhado de suor, mas tá feliz porque Deus o libertou (bis);


Ô sinhá sinha, segura a chibata não deixa bater, faz uma prece prá negro morrer, negro não quer mais sofrer (bis);


Ponto p/firmar a gira: Viva Deus, viva a Gloria, viva o rosário de nossa Senhora (bis);


Ponto para benzimentos: Pai João d"angola com sua ternura, sentado no tronco ele benze as criaturas(bis), a estrela de Oxalá seu ponto iluminou, ele é Pai João d"angola ele é nosso protetor;


Ponto de subida de pretos velhos: Já vai pretos velhos subindo pro céu e nossa senhora cobrindo com véu (bis).


A linha de Preto velho, na Umbanda, são entidades que se apresentam estereotipados como anciãos negros conhecedores profundos da magia Divina e manipulação de ervas, o qual aplicam frequentemente em sua atuação na Umbanda, porém no Candomblé são considerados Eguns.


Crê-se que em referência à dor e aflição sofrida pelo povo negro (período de trevas no território brasileiro), a linha de preto velho reflete a humildade, a paciência e a perseverança característica da atuação da linha nominada de Yorimá, cujo apresenta-se de pés no chão, cachimbo de barro bem rústico, quando não cigarro de palha, café, e um fio de contas de rosários (Lagrima de nossa senhora) e cruzes, figas e patuás os quais utilizam misticamente em sua ação astral.


Os pretos velhos apresentam-se com nomes de individualizam sua atuação, do Congo, de Angola, evidenciando sua atuação propriamente dita e procedência.


Em sua linha de atuação eles apresentam-se pelos seguintes codinomes, conforme acontecia na época da escravidão, onde os negros eram nominados de acordo com a região de onde vieram:
Congo_ Ex: (Pai Francisco do Congo), refere-se a pretos velhos ativos na linha de Iansã;
Aruanda_ Ex: (Pai Francisco de Aruanda), refere-se a pretos velhos ativos na linha de Oxalá. (OBS: Aruanda quer dizer céu);
D´Angola_ Ex: (Pai Francisco D´Angola), refere-se a pretos velhos ativos na linha de Ogum;
Matas_ Ex: (Pai Francisco das Matas), refere-se a pretos velhos ativos na linha de Oxóssi;
Calunga, Cemitério ou das Almas_ Ex: (Pai Francisco da Calunga, Pai Francisco do Cemitério ou Pai Francisco das Almas), refere-se a pretos velhos ativos na linha deOmolu/ Obaluayê;


Entre diversas outras nominações tais como: Guiné, Moçambique, da Serra, da Bahia, etc...


Muitos Pretos Velhos podem apresentar-se como Tio, Tia, Pai, Mãe, Vó ou Vô, porém todos são Pretos velhos. Na gira eles só comem tutu, café sem açúcar, manjar, bolo de fubá, doce de abóbora, mandioca, arroz doce, bolo de milho, pamonha, cural e etc. Alguns tomam chá, com folhas específicas da linha de pretos velhos, outro tomam vinho tinto (sangue de Cristo).

"AS SETE LÁGRIMAS DE UM PRETO VELHO".


Num cantinho de um terreiro, sentado num banquinho, fumando o seu cachimbo um triste Preto Velho chorava. De seus olhos molhados, esquisitas lágrimas desciam-lhe pela face e... Foram sete.


A Primeira... A estes indiferentes que vem no Terreiro em busca de distração, para saírem ironizando aquilo que suas mentes ofuscadas não podem conceber;


A Segunda... A esses eternos duvidosos que acreditam, desacreditando, na expectativa de um milagre que os façam alcançar aquilo que seus próprios merecimentos negam;


A Terceira... Aos maus, aqueles que somente procuram a umbanda em busca de vingança, desejando sempre prejudicar ao semelhante;


A Quarta... Aos frios e calculistas, que sabem que existe uma força espiritual e procuram beneficiar-se dela de qualquer forma, e não conhecem a palavra gratidão;


A Quinta... Chega suave, tem o sorriso, o elogio da flor dos lábios, mas se olharem bem seu semblantes verão escrito: creio na Umbanda, nos teus Caboclos e no teu Zambi, mas somente se resolverem o meu caso ou me curarem disto ou daquilo;


A Sexta... Aos fúteis, que vão de centro em centro, não acreditando em nada, buscam aconchego, conchavos e seus olhos revelam um interesse diferente;


A Sétima... Como foi grande e como deslizou pesada! Foi à última lágrima, aquela que vive nos olhos de todos os Orixás. Aos médiuns vaidosos (as), que só aparecem no Centro em dia de festa e faltam as doutrinas. Esquecem que existem tantos irmãos precisando de caridade e tantas criancinhas precisando de amparo material e espiritual.


quinta-feira, 8 de janeiro de 2015

Salve seu 7 Cruzeiros





EXU 7 CRUZEIROS


Guardião 7 Cruzeiros trabalha na sustentação de Omulu e Oxalá, é exu de cemitério que tem como ponto de forças o cruzeiro, chefe de falange do Cruzerio da Lira.
Os chefes deste reino são muito mais conhecidos por seus nomes sincréticos: Exu Lúcifer e Maria Padilha. Seus nomes quimbanda: Exu Rei das Sete Liras e Rainha do Candomblé (ou Rainha das Marias). Os apelidos referem-se à sua afinidade com a dança, a música e a arte (lira e candomblé). Dentro do reino da Lira, que também às vezes é chamado "reino do candomblé" não pelo culto africano aos orixás, mas por ser essa palavra, "Lira", relacionada de dança e música ritual. Trabalham aqui todos os Exus que têm afinidade com a arte, a música, poesia, boemia, artes ciganas, malandragem, etc.. Pertencem a este reino:
Povo dos Infernos - Chefiado por Exu dos Infernos
Povo dos Cabarés - Chefiado por Exu do Cabaré
Povo da Lira - Chefiado por Exu Sete Liras
Povo dos Ciganos - Chefiado por Exu Cigano
Povo do Oriente - Chefiado por Exu Pagão
Povo dos Malandros - Chefiado por Exu Zé Pelintra
Povo do Lixo - Chefiado por Exu Ganga
Povo do Luar - Chefiado por Exu Malé
Povo do Comércio - Chefiado por Exu Chama Dinheiro

* Lira é, também, uma cidade africana, que fica nas fronteiras orientais do Reino Baganda, atualmente, região de Kampala, capital de Uganda - África. Esta referência parece ser mais precisa no que se refere à denominação Reino da Lira.




Pontos Cantados:



Eu corri o mundo inteiro
Sem saber seu paradeiro
Eu corri sete calungas
Encontrei Sete Cruzeiros




Lá na calunga tem sete cruzeiro

Lá na calunga tem sete cruzeiro

Exú Sete Cruzeiro trabalha pra Olorum

Exú Sete Cruzeiro trabalha pra Olorum















quarta-feira, 7 de janeiro de 2015

Salve a malandragem de Zé Pelintra




Zé Pelintra é uma entidade originaria do Catimbó nordestino e comumente incorporado em terreiros de Umbanda e Candomblé tendo seu culto difundido em todo o Brasil e no Mundo.

Existem várias formas de incorporação de Zé Pelintra, tendo cada um sua história de vida. Ou seja, o Zé Pelintra que conhecer, dificilmente o verá novamente incorporado em outro médium. Podemos citar três formas comuns de incorporação de seu Zé Pelintra: a do mestre Juremeiro, a do baiano ou das almas e a do malandro. Preto José Pelintra, como é conhecido no Catimbó ou Jurema, é uma forma de caboclo que trabalha na linha dos índios brasileiros com ervas e rezas para cura e salvaguardar seus fiéis. Profundo conhecedor dos segredos da Jurema, dizem que viveu boa parte de sua vida ao lado de índios brasileiros e absorveu seus conhecimentos. É muito conhecido no norte e nordeste brasileiro, tem grande influência nas matas e profundo respeito pelos santos católicos por ter sido batizado e seguido a Igreja Católica Apostólica Romana, especialmente Santa Bárbara. Zé Pelintra da Bahia ou Zé Pelintra das almas vem de uma linhagem de antigos sacerdotes do Candomblé, poderoso em desmanchar feitiços e mazelas de seus adeptos, capaz de desafiar qualquer sacerdote sem se preocupar com os poderes de seu inimigo, é muito louvado em São Paulo e na Bahia, em sua "esquerda" torna-se seu patrono Ogum adquirindo seus poderes e ira deixando seus fiéis em grande temor pela capacidade e poder que adquire, tem como padrinho Santo Antônio e madrinha Nossa Senhora de Santana. Zé Pelintra malandro é muito conhecido e louvado no sudeste e sul do Brasil trata-se de uma linhagem que andou entre a malandragem do Rio de Janeiro e São Paulo criado em portos e cabarés nas décadas passadas, envolvendo-se em brigas, amizades e mulheres sendo conhecido e respeitado por seus poderes em livrar seus adeptos e fiéis de perseguições e traições tem grande influência em magias dos mares pela sua amizade e respeito pelas entidades dos mares tendo como padrinho São Jorge e Nossa Senhora dos Navegantes.
Portanto é uma das únicas entidades que incorpora em qualquer culto afro-brasileiro seja na forma de um caboclo, baiano, exu ou malandro.


Bastante considerado, especialmente entre os umbandistas, como o espírito patrono dos bares, locais de jogo e sarjetas, embora não alinhado com entidades de cunho negativo, é uma espécie de transcrição arquetípica do "malandro". No seu modo de vestir, diverge-se as três formas o típico Zé Pelintra é representado trajando terno completo na cor branca, sapatos de cromo, gravata grená ou vermelha e chapéu panamá de fita vermelha ou preta. Sua roupa se assemelha aos "zoot suit", usada nos EUA por negros e latinos nas década de 1930 e 1940 , bem como na Jurema de camisa comprida branca ou quadriculada com mangas dobradas e calça branca dobrada nas pernas, sem sapatos e com um lenço no pescoço nas cores vermelha ou outras, traz na mão sua bengala e seu cachimbo. Na linhagem dos baianos ou das almas seu Zé Pelintra utiliza roupas de algodão comumente usadas entre os escravos e chapéu de palha diferenciando-se apenas por seu lenço vermelho ou cachecol vermelho e uma fita vermelha em seu chapéu, bem como porta sua bengala tipica.


Contam que nasceu no povoado de Bodocó, sertão pernambucano, próximo a cidadezinha de Exu Fugindo da terrível seca que assolava a cidade a família de José dos Anjos rumou para Recife em busca de uma melhor vida, mas o menino aos 3 anos perdeu a mãe. Cresceu, então, no meio da malandragem, dormindo no cais do porto e sendo menino de recados de prostitutas. Sua estatura alta e forte granjeou o respeito dos circunstantes. Sua morte seria um mistério. Aos 41 anos foi encontrado morto sem nenhum vestígio de ferimento.


Uma outra versão do mito alude a José Gomes da Silva, nascido no interior de Pernambuco, um negro forte e ágil, grande jogador e bebedor, mulherengo e brigão. Manejava uma faca como ninguém, e enfrentá-lo numa briga era o mesmo que assinar o atestado de óbito. Os policiais já sabiam do perigo que ele representava. Dificilmente encaravam-no sozinhos, sempre em grupo e mesmo assim não tinham a certeza de não saírem bastante prejudicados das pendengas em que se envolviam.



Não era mal de coração, muito pelo contrário, era bom, principalmente com as mulheres, as quais tratava como rainhas.

Sua vida era a noite, sua alegria as cartas, os dados a bebida, farra, as mulheres e brigas. Jogava para ganhar, mas não gostava de enganar os incautos, estes sempre dispensava, mandava-os embora, mesmo que precisasse dar uns cascudos neles. Mas ao contrário, aos falsos espertos, os que se achavam mais capazes no manuseio das cartas e dos dados, a estes enganava o quanto podia e os considerava os verdadeiros otários. Incentivava-os ao jogo, perdendo de propósito quando as apostas ainda eram baixas e os limpando completamente ao final das partidas. Isso bebendo Aguardente, Cerveja, Vermouth, e outros alcoólicos que aparecessem.

Esta entidade andou pelo mundo, suas manifestações apresentam-se em todos os cantos da terra. Foi noticiado que incorpora nos Estados Unidos.


Zé Pelintra é invocado quando seus seguidores precisam de ajuda com questões domésticas, de negócios ou financeiras e é reputado como um obreiro da caridade e da feitura de obras boas.

A Umbanda é um culto legitimamente Brasileiro com seus próprios rituais e estrutura, enquanto o Catimbó é uma forma regional de sincretismo entre elementos tanto brasileiros, europeus, indígenas.


Na Umbanda, Zé Pelintra é um guia pertencente à linha do Povo da Malandragem, na Umbanda seu Orixá patrono é Ogum. Já no Catimbó, é considerado um "mestre juremeiro". Na Umbanda, Zé Pelintra é creditado como pertencente à linha das almas, cujos seres humanos desencarnados auxiliam no benefício da humanidade como forma de expiação de uma vida anterior de extrema dissipação material .


Majoritariamente os seguidores de Zé Pelintra concentram-se nos ambientes urbanos de Rio de Janeiro, São Paulo e Rio Grande do Sul, mas eles também podem ser encontrados no Nordeste do Brasil, entre os "catimbozeiros", e nas áreas rurais de praticamente todo o país.


Zé Pelintra, tanto na Umbanda como no Catimbó, é tido como protetor dos pobres e uma entidade de importância entre as classes menos favorecidas em geral, tendo ganhado o apelido de "Advogado dos Pobres", pela patronagem espiritual e material que exerce. Um exemplo real chama-se Lala. É comum achá-lo em festas e exposições, sempre rindo. E é claro, sem fazer rir. A cidade de Piraúba concentra-se exemplos disso.



Salve Tranca Ruas




O Senhor Exú Tranca Ruas é o chefe da esquerda subordinado a Ogum.
Tranca Ruas é a Entidade de Luz que abre ou fecha os caminhos
dependendo da necessidade. Existem muitas histórias sobre Tranca Ruas
porque não existe apenas uma entidade com este nome, na verdade é uma
falange que trabalha nas trevas em nome da luz e cada uma tem sua
história em particular. O Senhor Tranca Ruas não é o demônio, e as
pessoas ignorantes são criminosas quando condenam e acusam esta
entidade de demônio, falta de conhecimento e fanatismo que no final
leva ao ridículo. Tranca Ruas é um dos principais guardiões da
Umbanda. Ele merece e tem que ser respeitado como tal, ele é o caminho
dentro da Religião, assim como todos os Exús e Pombos Giras, para que
seja retirado todo o mal e maledicências de quem é merecedor.

Nome Esotérico: Tranca Ruas.

Nome Cabalístico: Tarchitmache

Características: É assistente direto de Beelzebuth (Mór), no Reino do
Poder. Da mesma forma que Seu Sete Encruzilhadas (Aschtaroth), Seu
Tranca Ruas tem o domínio das estradas e caminhos, onde executa as
ordens dos maiores. Sendo uma Entidade que dirige um grande número de
trabalhadores, tem a sua posição na escala hierárquica do seu povo, em
quase idêntica igualdade de condições do seu "mano" Marabô. Possui o
seu ponto esotérico, bem como, os seus pontos riscados e cantados,
diferindo os mesmos de acordo com as irradiações nas quais são
realizados os seus infindáveis trabalhos de alta magia. à Seu Tranca
Ruas são entregues todos os pedidos feitos nas encruzilhadas. Seu
Tranca Ruas foi o primeiro enviado, pelo seu maioral, para fazer
contato para a formação de segurança e abertura de trabalhos de magia,
condição esta do máximo respeito que deve-se a esta Entidade, e também
a razão do tridente, que o identifica, aparecer em todos os pontos
riscados de esquerda e nas tronqueiras deverá ser assentado o seu
ponto como segurança geral.

História de Tranca Ruas:

Senhor do mundo espiritual onde está sua origem e sua morada.
Senhor dos caminhos, mensageiro dos Orixás e vencedor de demandas.

Na Umbanda, Exú Tranca Ruas não é considerado como um "Deus", mas
como uma Entidade em evolução que busca, através da caridade, a
evolução de si mesmo. Não é uma peculiaridade só dos Exús, mas de
todos os espíritos no infinito cosmo espiritual. Não existe espírito
evoluído,como se fosse um produto acabado. Todos os espíritos,
independente da forma, estão em eterna evolução, partindo do
pressuposto que só existe um ser plenamente perfeito, um modelo de
absoluta perfeição, o próprio Absoluto, Deus.

Em síntese, O grande agente Mágico do Equilíbrio Universal. É o
Guardião dos Caminhos, companheiro dos Pretos Velhos, Caboclos,
aparador entre os homens e os Orixás, lutador incansável, sempre de
frente, sem medo, sem mandar recado. Senhor da escuridão e do plano
negativo atuam dentro de seus mistérios, regendo seus domínios e os
caminhos por onde percorre a humanidade.

Senhor Tranca Ruas tem o poder de fechar e abrir os caminhos para
o ser humano e também de ter as almas perdidas sem luz como escravos
para prestar-lhe reverencias e fazer o que ele ordenar. Este é um dos
motivos pelo qual ele foi enviado aqui no plano físico, para pegar as
almas perdidas e formar uma hierarquia para que essas almas perdidas
fossem transformadas em seu exército, e desta forma encontrem o
caminho novamente para a luz através dele mesmo, podendo assim vigiar
e manter esses espíritos sem luz afastados dos seres humanos
que ora estão encarnados.

Seu vestuário é cartola sofisticada de época, sua capa varia nas
cores azul turquesa, roxo e negro tendo contrastes em vermelho
decorada de safira de preferência amarelo dourada que simboliza sua
riqueza e a presença de seu reino. É extremamente educado e fino,
poderoso e radical . Transita além dos limites da bondade e da
maldade. Sendo um mensageiro de orixá, ele profundamente identifica
com os seres humanos. Guardião das casas, das vilas, das pessoas. Exú
não tem nada haver com demônios, pois ele é a própria alegria da vida.

O Mestre Tranca ruas (O Guardião dos Caminhos), não é demônio que
muitos acreditam que ele seja. Sua atribuição é trancar a evolução dos
desqualificados, desequilibrados e desvirtuados espíritos humanos. Não
deseja ser amado ou odiado, mas apenas respeitado e compreendido.

Para os mal informados que julgam e condenam essa maravilhosa
Entidade, sem reconhecer a verdadeira essência e trabalho feito,
abaixo um pequeno texto mostrando só para entendimento de quem
desejar realmente perceber a magnitude do tão estimado Senhor Tranca
Ruas.

"O Guardião Tranca Ruas pode ser tudo o que queiram, menos como tentam
mostrar: Um demônio. Jamais foi ou é o que este termo deturpado
significa na atualidade e nem o aceita como qualificativo das suas
atribuições: Trancar a evolução dos desqualificados, desequilibrados e
desvirtuados espíritos humanos. Odeia os que odeiam, sente asco dos
blasfemos, nojo dos invejosos, repulsa pelos falsos, ira pelos soberbos
e pena dos libidinosos."


Assim é TRANCA RUAS, por Origem, Natureza e Formação, um Exú de
força consistente, que vem na terra fazer a caridade, ajudar os
aflitos e obsediados, derrubar magias negras, proteger seus filhos
queridos, ensinar o caminho da evolução.

Senhor Tranca Ruas , senhor do Sétimo Grau de Evolução da Lei
Maior de Ogum, conhecedor de todas as magias e demandas praticadas por
seres sem luz, interceda no caminho de todos os filhos de fé,
livrando-nos de toda a energia que possa atrapalhar a evolução de
todos os seres iluminados; fazei de meus pensamentos uma porta fechada
para a inveja, discórdia e egoísmo.

Dos sete caminhos por ti ultrapassados, foi na rua que passou a
ser dono de direito, abrindo as portas para os espíritos que merecem
ajuda e evolução e fechando para os que querem praticar a maldade e a
inveja contra seus semelhantes. Fazei dos nossos corações o mais puro
que nossos próprios atos.

Senhor Tranca Ruas agradecemos por tudo que fizeste nos aprender
nesta vida e em outras que passamos lado a lado, rogo por vós a
proteção, para os irmãos de fé, para toda a família e porque não para
todos os inimigos. Abençoe e guarde esses filhos que um dia entenderão
o verdadeiro sentido da palavra Umbanda.

Muito grande, muito forte, Seu Tranca Ruas vem trazendo a sorte!

Salihed, Mehi Mahar Selmi Laresh Lach Me Yê!

Saravá, Senhor Exú Guardião Tranca Ruas!





Oração Exu Tranca Ruas


Salve [Exu Tranca Ruas] compadre Exu Tranca Ruas!


Peço que com seu poder e sua força abra meus caminhos e me fortaleça
perante meus inimigos!
Que tranque e afaste todas as trevas que me rodeiam.
Tranque todo o ódio e os sentimentos impuros que minha alma emana.
Peço que toda falsidade que exala de meus poros seja trancada.
Que a miséria,o rancor e a soberba que habitam em meu coração sejam
trancados.
Que tranque minha língua e toda maldade que eu possa fazer ao
pronunciar palavras de inveja.
Que toda maldade e egoísmo que possuo em minha mente, sejam trancados.
Que as palavras impuras que saiam de minha boca contra o próximo,
sejam trancadas.
Que eu não consiga,com meus olhos magoar,amaldiçoar ou destratar
qualquer irmão.
Compadre abra e destranque todas as portas do meu caminho.
Destranque todas as passagens da minha jornada.
Destranque toda prosperidade material e espiritual.
Destranque o meu coração das amarguras.
Destranque o meu sustento de cada dia.
Destranque meu corpo material da agonia, do desespero e da aflição que
me perturbam ao cair da noite.
Destranque meus negócios e meus empregos,para que eu possa estar bem
no meio material e espiritual.
Destranque toda minha família e todo mal que nos rodeia.
Abra meus olhos para que eu possa ver as maravilhas do mundo
espiritual.
Destranque a minha liberdade!



Salve compadre Exu Tranca Ruas!!!

Laroiê!!!

Senhor Tranca Ruas é Mojibá!!!

terça-feira, 6 de janeiro de 2015

Oxóssi


                                                  

Oxóssi na Umbanda é considerado patrono da linha dos caboclos, atuando para o bem-estar físico e espiritual dos seres humanos.


Segundo esta religião, Oxóssi é figura representativa de uma das sete forças principais de Deus: a força da luta, do trabalho, da providência e da afirmação positiva. Assim, para a Umbanda, Oxóssi representa uma das sete forças primordiais de Deus, pertencendo ao pólo positivo das energias espirituais, expandindo, irradiando e impelindo os seres para a construção vigorosa de seus destinos, bem como garantindo que os mais fragilizados encontrem doutrinação firme e amorosa, desenvolvendo seu saber religioso e sua fé.


A figura de Oxóssi tem origem na mitologia africana, para a qual seria um antepassado africano divinizado, filho de Yemanjá, irmão de Omulu-Obaluayê e rei da cidade de Oyó, localizada na África sudanesa - de onde provêm os povos nagô (keto, ijexá e oyó) e mina-jeje. Também é considerado o caçador por excelência; o arqueiro de uma flecha só - sempre certeira.


A Umbanda, considerada por muitos como fundada em 1908, é expressão do sincretismo ocorrido no Brasil em razão da perseguição religiosa aos cultos africanos. Por reunir elementos africanos, espiritualistas e cristãos, a figura de Oxóssi pode aparecer, muitas vezes, misturada à figura católica de São Sebastião, nos estados de São Paulo, Rio de Janeiro e estados do demais centro -sul do Brasil, e São Jorge, no estado da Bahia.

Prece a Zé Pelintra